Home Meio Ambiente Barragem da Vale em Mariana continua com nível 2 de emergência, conclui ANM

Barragem da Vale em Mariana continua com nível 2 de emergência, conclui ANM

by João Pedro Martins

A Agência Nacional de Mineração (ANM) decidiu manter a barragem Xingu em Mariana (MG) em nível de 2 de emergência – quando existe uma anomalia classificada como “não controlada” ou “não extinta” na estrutura, necessitando de novas inspeções. A barragem fica na mina Alegria, e é operada pela mineradora Vale. A fiscalização foi realizada ontem (15) após pedido feito pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente da cidade, para verificar se havia risco de rompimento.

“Fizemos vistoria em campo e uma reunião interna com a empresa, onde ela apresentou toda a documentação da barragem. Foi verificado que o status da barragem não teve muita modificação em relação a setembro do ano passado, quando estivemos aqui. Portanto, não houve mudanças nos parâmetros da barragem e, assim, ela continua no nível 2 emergência”,afirmou o chefe da Divisão de Segurança de Barragens de Mineração da ANM, em Minas Gerais, Claudinei Cruz.

No dia 4 de junho, a Vale paralisou a operação de trens que circulam em um dos ramais da Estrada de Ferro Vitória a Minas, atendendo à decisão do Ministério da Economia, através da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE-MG). Fiscais afirmaram que havia “grave e iminente risco de ruptura por liquefação” da barragem. 

Segundo a superintendência, um desastre no local poderia causar o soterramento de trabalhadores na cidade. Lembrando que Mariana já sofreu com o rompimento de uma barragem da Samarco em 2015, com a morte de 19 pessoas.

Em nota divulgada na última quinta-feira (10), a Vale afirma que, “a barragem Xingu é monitorada e inspecionada continuamente por equipe técnica especializada e está incluída no plano de descaracterização de barragens da companhia. A Zona de Autossalvamento (ZAS) da Barragem Xingu permanece evacuada”.

A mineradora afirmou ainda que está adotando medidas para continuar a garantir a segurança dos trabalhadores, “em conformidade com o termo de interdição da Superintendência Regional do Trabalho”. Mesmo com algumas pessoas ainda trabalhando no local, a barragem do Xingu não recebe rejeitos de minério de ferro há mais de 20 anos e está interditada pela ANM desde março do ano passado.

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