A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que países que recebem vacinas por meio do esquema de partilha da Organização das Nações Unidas (ONU), o consórcio Covax, estão sem doses suficientes para continuar com os programas de vacinação.
A Covax entregou 90 milhões de doses a 131 países, o que é muito pouco se comparado à necessidade real destas nações, sendo a África o continente que mais tem sofrido com a escassez de imunizantes. Os casos e mortes na região aumentaram quase 40% na semana passada.
A OMS vem pedindo aos países ricos que partilhem a tecnologia das vacinas. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus deu novas indicações sobre projetos neste sentido. “Tenho o prazer de anunciar que a OMS está em negociações com um consórcio de empresas e instituições para estabelecer um centro de transferência de tecnologia na África do Sul”, afirmou ele.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, falou a respeito do hub que a OMS está instalando no país. A iniciativa pode permitir que as companhias africanas consigam produzir vacinas com a tecnologia mRNA – usada nas vacinas da Pfizer e da Moderna – num período de 9 a 12 meses. O objetivo é dar às companhias o conhecimento e as licenças para produzir imunizantes. Ramaphosa chamou a iniciativa de um “passo histórico”.
