A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou hoje (21), em seu relatório anual de Estatísticas Mundiais de Saúde, que os números oficiais referentes às mortes por Covid-19 podem estar “significativamente subestimados” em todo mundo. De acordo com a instituição, entre 6 a 8 milhões de pessoas podem já ter morrido em decorrência da pandemia.
Só no ano passado, segundo levantamentos da Organização, cerca de 3 milhões de pessoas podem ter falecido pelo coronavírus. Os números oficialmente registrados giram em torno de 1,8 milhões de mortes, o que significaria uma subnotificação de cerca de 1,2 milhões de óbitos.
Neste ano, 2021, cerca de 3,4 milhões de pessoas teriam perdido a vida para a Covid-19 até o mês de maio, afirmou a agência das Nações Unidas – esta estimativa inclui as mortes não relatadas de covid-19 e as mortes indiretas, como à falta de capacidade hospitalar, por exemplo.
Samira Asma, diretora-geral-assistente da Divisão de Dados e Análises da OMS, afirmou ainda que “este número, na verdade, seria duas a três vezes maior.”
Vacinação
Como meio de combate ao vírus, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou nesta manhã que a União Europeia tem a intenção de doar pelo menos 100 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19. As doses seriam destinadas a países de baixa e média renda até o final deste ano.
A iniciativa da UE soma-se à dos Estados Unidos, que já anunciaram que pretendem doar outras 80 milhões de doses. No início do mês, o presidente americano, Joe Biden, anunciou a doação de 60 milhões de vacinas e, na última segunda-feira (17), o democrata comunicou que seriam enviadas mais 20 milhões de doses para todo o mundo.
