O ex-representante da farmacêutica Pfizer no Brasil deu o seu depoimento hoje (13) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado. Carlos Murillo, atualmente gerente-geral da farmacêutica na América Latina, afirmou que a empresa fez várias ofertas de vacinas contra a covid-19 para o governo brasileiro ano passado, sendo que parte delas foram ignoradas pelo executivo nacional.
Ainda de acordo com Murillo, as primeiras negociações teriam acontecido em março de 2020, sendo o contrato com a farmacêutica concretizado apenas um ano depois, em 21 de março de 2021.
O executivo da empresa afirmou também que houve dificuldades nas negociações envolvendo o imunizante pois o armazenamento das vacinas exige temperaturas muito baixas. Este aspecto era visto pelo governo brasileiro como um entrave para a aquisição dos produtos.
Após várias idas e vindas entre executivo federal e empresa, Carlos Murillo afirmou que um novo contrato deve ser assinado esta semana entre Pfizer e governo Bolsonaro. De acordo com ele, o acordo prevê mais 100 milhões de doses com entrega prevista para o quarto trimestre deste ano.